Segundo post

Bom, passamos do primeiro post, então, o que significa que nosso blog vai decolar. A acreditar nesses números, há 9 milhões de blogs por aí, aos quais se juntam mais 40.000 novos blogs por dia. Mais ou menos um a cada dois segundos. Se no tempo em que eu trabalhei como repórter de livros eu ficava enjoado com os cinco mil títulos novos lançados numa Bienal, o que eu não deveria sentir diante dessa avalanche eletrônica?

O que é que essa gente tanto tem para escrever? Para que serve um blog, afinal? Não deve ser, como eu pensava no início, o velho Querido Diário em versão internet, porque, imagino, mais gente está abrindo blogs do que jamais se rabiscou sobre o velho amigo de papel. É a publicidade que os atrai? Vaidade? O poder de publicar sua opinião a custos baixos? Até bem pouco tempo era justo dizer, como gostam de dizer os jornalistas, que liberdade de imprensa existe para o dono do jornal. Não mais. Por outro lado, de que serve o poder de expressão quando não se tem nada que vale a pena dizer?

Em suma: escreve-se blogs por terapia, difusão ou outra coisa qualquer?

Vou descobrir do jeito fácil: escrevendo um. Já o Nico, meu parceiro nessa empreitada, terá motivos menos babacas a alegar. Ou melhor, não deve precisar de nenhum.