quinta-feira, março 29, 2007

Meu nomezim na net

Quanto custa pra registrar seu nome na internet? Nove dólares por ano no — o nome é MUITO estranho — GoDaddy.com. Foi divertido ir ao site e testar os possível nomes de domínio. Vi que ninguém havia registrado o renatogodinho.org, e que, portanto, meu nome poderia ser meu. A um Paulo Souza, ou mesmo a um Ricardo Santos, por exemplo, tal possibilidade já está vedada. A partir daí, fiquei brincando com a idéia de registrar meu nome antes que alguém o fizesse.

Foi então que calhou de vencer o prazo de vigência do serviço .Mac, que comprei junto com meu computador. Esse serviço permite hospedar páginas no servidor da Apple e umas outras coisas mais. Para renovar por mais um ano? US$ 100.

Sei fazer contas, e o resultado aí está: www.renatogodinho.org. As páginas que antes estavam no .Mac, como o Portfolio de fotos, a FAQ do Candidato a Diplomata e o Curso de Música Rodrigo Libonati foram trasladadas da conta .Mac, hoje extinta, para o novo endereço. Desculpem o transtorno.

domingo, março 18, 2007

Novas fotos!



Se não há novos "posts" — quem sabe em um novo blog... — pelo menos há novas fotos. O meu Portfolio foi atualizado com novas fotografias, especialmente as tiradas durante as férias na Europa, em Roma, Paris e Toulouse.

quinta-feira, setembro 21, 2006

e a vida continua

Registro, com satisfação, que eu estava certo quando previ a efemeridade do fenômeno dos mosquitinhos. Passadas duas noites da Noite dos Mosquitos Fototrópicos, por mais que estejam janelas e luzes abertas e acesas, nem mais um só veio deixar seu cadáver ao pé de minhas lâmpadas.

Enquanto isso, em Barcelona....

Nicola deve estar se divertindo horrores. Não é, Nicola?

terça-feira, setembro 19, 2006

A noite dos mosquitos fototrópicos

18 de setembro. O dia mais quente do ano. A noite mais quente do ano.

A Noite dos Mosquitos Fototrópicos.

Está acontecendo com vocês, também? Já passava da meia noite quando percebi. Quem mandou eu deixar as janelas abertas? Sobre a cama, um travesseiro branco. Sobre o travesseiro, dezenas de mosquitos minúsculos, quase imateriais, mosquitinhos caramelo. Mortos. Olho diretamente acima do travesseiro. Lá estava a lâmpada, e muitas outras dezenas, não, centenas de exemplares do bichinho caramelo descrevendo círculos fascinados. Enquanto eu olho, estupefato, um deles afrouxa o vôo e cai, espiralando, desfalece sobre o travesseiro, como a demonstrar-me uma tese.

Não tenho inseticida. Apaguei a lâmpada do quarto e acendi a do corredor, esperando atraí-los. Alguns morderam a isca, outros continuam na expectativa, pousados na parede da minha cabeceira. Cada mínima fonte de luz da casa está rodeada por um enxame ansioso e descomunal.

Está acontecendo com vocês, também?

Alguns fenômenos entomológicos duram apenas um dia, ou uma noite. Um dia comentei sobre A Noite das Formigas Voadoras. Em Brasília, acontece pouco antes do Ocaso das Cigarras, ou seja, em princípios de fevereiro. Uma noite em que o ar inteiro se enche de formigas com asas.

Hoje é a noite dos mosquitinhos fototrópicos. Apaguem as luzes, liguem os ventiladores. E aqui termino, pois já estão avançando, sorrateiros, sobre a tela luminosa do Powerbook.

sábado, setembro 16, 2006

O Vazio

...

quinta-feira, agosto 03, 2006

E um é blog?

Carta aberta ao meu parceiro de blog, que poderá me odiar por isso:

Nicola, saiba que não tenho nenhuma intenção de ter um blog sozinho. Sou preguiçoso e inconstante, admito, mas você ainda o vem sendo mais. A idéia foi sua, afinal... Eu, por exemplo, estou ansioso para conhecer suas reflexões sobre as viagens e os contatos que anda fazendo. Nossos milhões de leitores estão esperando. Quando tiver tempo, escreva sobre Nova York, migrações, Marrocos, as reuniões da ONU e a tragédia dos assentamentos humanos.

Ou sobre o filme Superman: o Retorno. Vamos, antes que eu próprio me sinta tentado a fazê-lo. Tenha piedade de mim e evite esse desastre. Sim? Sim? Sim?

Estréia digital

Agora de posse da minha câmera digital, tenho o prazer de anunciar que já há novas fotos no meu Portfolio. As fotos novas foram tiradas algumas em Brasília, algumas em Córdoba (Argentina), onde estive para a Cúpula do Mercosul, e algumas em Buenos Aires.

Ainda não tive tempo nem oportunidade para fotografar o tanto que essa câmera merece. Não é problema, pois pretendo que fique alguns bons anos comigo.

domingo, julho 16, 2006

Desabafo

Nos fins de semana destes tempos de seca, em Brasília, se não está quente demais, quando tenho tempo calço meus tênis e vou para o parque da cidade correr com o sol a pino. Me atraem a luminosidade, a ausência de sombras, o céu sem nuvens, dolorosamente azul. Depois de alguns quilômetros, correr é entregar-se a um estado levemente alterado de consciência. O calor, o esforço e o coração batendo, sem falar de alguma dor ou outra impelem-me a esquecer do mundo e voltar-me para dentro, para meu corpo e meus pensamentos. E justamente a transparência do ar e a milimétrica nitidez do mundo sob o sol e o céu de Brasília no inverno ajudam a contrabalançar esse efeito e a trazer-me de volta para a realidade externa.

Mas também gosto de sair de casa à tardinha e correr pelas entrequadras de Brasília, enquanto a noite cai. É o oposto: o lusco-fusco, as lanternas dos carros, os rosas e os cinzentos do poente se misturam com o suor nos olhos semi-cerrados. À medida em que cresce o esforço, mergulho numa estranha auto-consciência, correndo em meio a uma semi-existência. Corro nas calçadas, vagamente cônscio de passar por outros caminhantes, sombras que bem podiam existir como não existir. Por isso gosto de correr à noite, tanto quanto gosto de correr de dia.

Pois eu tinha um amigo, um grande amigo, que não era muito de correr, mas, quando o fazia, só gostava de correr à noite. E me contava que, assim como a mim, eram justamente a irrealidade e a auto-consciência que o interessavam. Correr de dia, porém, não era com ele. Definição demais, concretude demais. Há vinte dias, esse amigo se matou.

Diógenes, e agora estou falando com você, Diógenes, você deixou todo mundo estarrecido. Como alguém tão sem problemas concretos, alguém tão alegre e tão risonho e com tantos amigos, tantas mulheres, alguém que tem o seu dom, o dom de ser amado por todos, como alguém tão inteligente e tão capaz de aproveitar a vida pode ter preferido encerrá-la tomando remédios pra dormir e queimando carvão num quarto fechado. Ninguém entendeu, ou quase ninguém, eu demorei a entender mas agora acho que te entendo, Diógenes, você que dizia me admirar tanto, mas que não conseguiu deixar de me ver como um rival, nem sabia que eu o admirava tanto também, que eu gostava mais de você do que você de mim, mas isso em se tratando de você não é novidade, você que me chamou de meu irmão e me abraçou e chorou no meu ombro, você que esqueceu tudo tão rápido e me feriu e me ignorou completamente como se eu fosse uma daquelas sombras na sua corrida noturna, assim como ignorou todo mundo, todos, e, supremo egoísta, acabou com a própria vida, justamente pelo egoísmo lhe ser tão desconfortável, você que queria o amor do mundo, você que de tão especial quase o conseguia, você que era tanto pra tanta gente, você que em tantas coisas é tão parecido comigo, mas tão parecido, e por isso mesmo ficamos tão amigos, um tempo, você que, sem querer, me ensinou mais sobre mim mesmo do que eu pensei que ainda pudesse aprender, é mentira o que disse antes, não estou falando isso tudo pra você, já que, segundo o que você mesmo acredita, você não existe mais, mas pra mim, estou escrevendo pra mim, Diógenes, o que resta de você já está descansando em paz, e eu, que sigo vivo, te digo que ainda estarei em paz contigo.
 
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