sábado, abril 01, 2006

words, words, words

É fácil subestimar a força da própria palavra expressa sobre nossos sentimentos. E no entanto, apenas quando Hamlet expressa seu tormento e ódio é que realmente passa a odiar e a sofrer. O vago receio, uma vez confesso a outrem, convertido em medo não se pode mais ignorar. Apaixona-se o incauto que, até então presa de sentimentos confusos, profere uma jura de amor.

Dir-me-ão os lingüistas e os lacanianos que qualquer sentimento não é senão linguagem, assim como tudo o que é humano, e portanto que o exposto acima não passa de redundância. Posso até concordar com os lingüistas, mas o que quero dizer é que a palavra emudecida, o sentimento calado, ainda que formulado, são muito diferentes do que sucede quando se diz. "Força de expressão" ganha todo um novo significado.

Parafraseio um velho ditado: tem cuidado com o que expressas, pois pode se tornar realidade!
 
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